Lembro-me perfeitamente de ver o episódio em que o pai do Rex leva um tiro e vai prós anjinhos. E não é que hoje vi no teatro um poster com a cara do senhor? Não percebo nada...
Musica de Tom Jobim aqui interpretada pelo coro da classe do professor João Pedro Fernandes, do Conservatório de Musica do Porto, dirigido pelo próprio. Ao piano Arminda Barosa.
A versão original da música, com o nome de Menina que passa, era diferente e continha a seguinte letra, composta por Vinicius:
Vinha cansado de tudo De tantos caminhos Tão sem poesia Tão sem passarinhos Com medo da vida Com medo de amar
Quando na tarde vazia Tão linda no espaço Eu vi a menina Que vinha num passo Cheio de balanço Caminho do mar
Porém, nem Tom nem Vinicius gostaram da letra da canção. Então a versão definitiva foi refeita mais tarde por Vinicius, inspirado em Helô Pinheiro, que passava frequentemente em frente ao Bar Veloso (hoje Garota de Ipanema), em Ipanema.
Eu sei que vou te amar Por toda a minha vida eu vou te amar Em cada despedida eu vou te amar Desesperadamente, eu sei que vou te amar E cada verso meu será Prá te dizer que eu sei que vou te amar Por toda minha vida Eu sei que vou chorar A cada ausência tua eu vou chorar Mas cada volta tua há de apagar O que esta ausência tua me causou Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver A espera de viver ao lado teu Por toda a minha vida
A felicidade como a gota De orvalho numa pétala de flor Brilha tranquila Depois de leve oscila E cai como uma lágrima de amor
A felicidade do pobre parece A grande ilusão do carnaval A gente trabalha o ano inteiro Por um momento de sonho Pra fazer a fantasia De rei ou de pirata ou jardineira Pra tudo se acabar na quarta feira
Tristeza não tem fim Felicidade sim
A felicidade é como a pluma Que o vento vai levando pelo ar Voa tão leve Mas tem a vida breve Precisa que haja vento sem parar
A minha felicidade está sonhando Nos olhos da minha namorada como esta noite Passando, passando Em busca da madrugada Falem baixo, por favor Prá que ela acorde alegre como o dia Oferecendo beijos de amor
É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, um pouco sozinho É um caco de vidro, é a vida, é o sol É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira Caingá, candeia, é o MatitaPereira É madeira de vento, tombo da ribanceira É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira É a viga, é o vão, festa da cumeeira É a chuva chovendo, é conversa ribeira Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira Passarinho na mão, pedra de atiradeira É uma ave no céu, é uma ave no chão É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho No rosto o desgosto, é um pouco sozinho É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto É um pingo pingando, é uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando É a luz da manhã, é o tijolo chegando É a lenha, é o dia, é o fim da picada É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama É o carro enguiçado, é a lama, é a lama É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José É um espinho na mão, é um corte no pé São as águas de março fechando o verão, É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração
Pau, pedra, fim, minho Resto, toco, oco, inho Aco, vidro, vida, ó, côtche, oste, ace, jó São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração.
Eis aqui este sambinha feito numa nota só. Outras notas vão entrar, mas a base é uma só. Esta outra é conseqüência do que acabo de dizer. Como eu sou a conseqüência inevitável de você.
Quanta gente existe por aí que fala tanto e não diz nada, Ou quase nada. Já me utilizei de toda a escala e no final não sobrou nada, Não deu em nada.
E voltei pra minha nota como eu volto pra você. Vou cantar com uma nota como eu gosto de você. E quem quer todas as notas: ré, mi, fá, sol, lá, si, dó. Fica sempre sem nenhuma, fique numa nota só.
Se você disser que eu desafino amor Saiba que isto em mim provoca imensa dor Só privilegiados têm o ouvido igual ao seu Eu possuo apenas o que Deus me deu
Se você insiste em classificar Meu comportamento de anti-musical Eu mesmo mentindo devo argumentar Que isto é Bossa Nova, isto é muito natural
O que você não sabe nem sequer pressente É que os desafinados também têm um coração Fotografei você na minha Rolley-Flex Revelou-se a sua enorme ingratidão Só não poderá falar assim do meu amor
Este é o maior que você pode encontrar Você com a sua música esqueceu o principal Que no peito dos desafinados No fundo do peito bate calado Que no peito dos desafinados também bate um coração
"Chega de Saudade" (1957) é considerado o marco inicial da Bossa Nova
Vai, minha tristeza E diz a ela que sem ela não pode ser Diz lhe numa prece que ela regresse Porque eu não posso mais sofrer Chega de saudade, a realidade É que sem ela não há paz, não há beleza É só tristeza, e a melancolia Que não sai de mim, não sai de mim, não sai Mas se ela voltar, se ela voltar Que coisa linda, que coisa louca Pois há menos peixinhos a nadar no mar Do que os beijinhos que eu darei na sua boca Dentro dos meus braços os abraços Hão de ser milhões de abraços apertado assim Colado assim, calado assim Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim Que é pra acabar com esse negócio De viver longe de mim Não quero mais esse negócio De você viver assim Vamos deixar desse negócio De você viver sem mim
Tom Jobim morreu a 8 de Dezembro de 1994 em Nova Iorque.
Sendo esta uma efeméride do ano de 2009, aqui vos deixo com o mestre Tom Jobim:
Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (Rio de Janeiro, 25 de Janeiro de 1927 — Nova Iorque, 8 de Dezembro de 1994), mais conhecido como Tom Jobim, foi um compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonistabrasileiro. É considerado um dos maiores expoentes da música brasileira e um dos criadores do movimento da Bossa Nova. Tom Jobim é um dos nomes que melhor representa a música brasileira na segunda metade do século XX e é praticamente uma unanimidade entre críticos e público em termos de qualidade e sofisticação musical. Nasceu no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro e um ano depois a família mudou-se para Ipanema, onde foi criado. A ausência do pai durante a infância e adolescência lhe impôs um contido ressentimento, desenvolvendo no maestro, uma profunda relação com a tristeza e o romantismo melódico, transferido peculiarmente para as construções harmónicas e melódicas. Aprendeu a tocar violão e piano em aulas, entre outros, com o professor alemão Hans-Joachim Koellreutter, introdutor da técnica dodecafónica no Brasil.
Trajectória Profissional Pensou em trabalhar como arquitecto e chegou a se empregar em um escritório, mas logo desistiu e resolveu ser pianista. Tocava em bares e boates em Copacabana, como no Beco das Garrafas no início dos anos 50, até que em 1952 foi contratado como arranjador pela gravadora Continental. Além dos arranjos, também tinha a função de transcrever para a pauta as melodias de compositores que não dominavam a escrita musical. Datam dessa época as primeiras composições. A primeira canção gravada, Incerteza (com Newton Mendonça), na voz de Mauricy Moura. Tereza da Praia, parceria com Billy Blanco, gravada por Lúcio Alves e Dick Farney pela Continental (1954), foi o primeiro sucesso. Depois disso participou de gravações e compôs com Billy Blanco a Sinfonia do Rio de Janeiro, além de outras parcerias com a cantora e compositora Dolores Duran (Se é por Falta de Adeus, Por Causa de Você). Em 1956 musicou a peça Orfeu da Conceição com Vinícius de Moraes, que se tornou um de seus parceiros mais constantes. Dessa peça fez bastante sucesso a canção antológica Se Todos Fossem Iguais a Você, gravada diversas vezes. Tom Jobim fez parte do núcleo embrionário da bossa nova. O LP Canção do Amor Demais (1958), em parceria com Vinícius, e interpretação de Elizeth Cardoso, foi acompanhado pelo violão de um baiano até então desconhecido, João Gilberto. A orquestração é considerada um marco inaugural da bossa nova, pela originalidade das melodias e harmonias. Inclui, entre outras, Canção do Amor Demais, Chega de Saudade e Eu Não Existo sem Você. A consolidação da bossa nova como estilo musical veio logo em seguida com o 78 rotações Chega de Saudade, interpretado por João Gilberto, lançado em 1959, com arranjos e direcção musical de Tom, selou os rumos que a música popular brasileira tomaria dali para frente. No mesmo ano foi a vez de Sílvia Telles gravar Amor de Gente Moça, um disco com 12 canções de Tom, entre elas Só em Teus Braços, Dindi (com Aloysio de Oliveira) e A Felicidade (com Vinícius). Tom foi um dos destaques do Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova York em 1962. No ano seguinte compôs, com Vinícius, um dos maiores sucessos e possivelmente a canção brasileira mais executada no exterior: Garota de Ipanema. Nos anos de 1962 e 1963 a quantidade de "clássicos" produzidos por Tom é impressionante: Samba do Avião, Só Danço Samba (com Vinícius), Ela é Carioca (com Vinícius), O Morro Não Tem Vez, Inútil Paisagem (com Aloysio), Vivo Sonhando. Nos Estados Unidos gravou discos (o primeiro individual foi The Composer of 'Desafinado' Plays, de 1965), participou de espectáculos e fundou sua própria editora, a Corcovado Music. O sucesso fora do Brasil o fez voltar aos EUA em 1967 para gravar com um dos grandes mitos americanos, Frank Sinatra. O disco Francis Albert Sinatra e Antônio Carlos Jobim, com arranjos de Claus Ogerman, incluiu versões em inglês das canções de Tom (The Girl From Ipanema, How Insensitive, Dindi, Quiet Night of Quiet Stars) e composições americanas, como I Concentrate On You, de Cole Porter. No fim dos anos 60, depois de lançar o disco Wave (com a faixa-título, Triste, Lamento entre outras instrumentais), participou de festivais no Brasil, conquistando o primeiro lugar no III Festival Internacional da Canção (Rede Globo), com Sabiá, parceria com Chico Buarque, interpretado por Cynara e Cybele, do Quarteto em Cy. Sabiá conquistou o júri, mas não o público, que vaiou ostensivamente a interpretação diante dos constrangidos compositores. Aprofundando seus estudos musicais, adquirindo influências de compositores eruditos, principalmente Villa-Lobos e Debussy, Tom Jobim prosseguiu gravando e compondo músicas vocais e instrumentais de rara inspiração, juntando harmonias do jazz (Stone Flower) e elementos tipicamente brasileiros, fruto de suas pesquisas sobre a cultura brasileira. É o caso de "Matita Perê" e "Urubu", lançados na década de 70, que marcam a aliança entre a sofisticação harmónica de Tom e sua qualidade de letrista. São desses dois discos Águas de Março, Ana Luiza, Lígia, Correnteza, O Boto, Ângela. Também nessa época grava discos com outros artistas, casos de Elis e Tom, com Elis Regina, Miúcha e Tom Jobim e Edu e Tom. Passarim, de 1987, é a obra de um compositor já consagrado, que pode desenvolver seu trabalho sem qualquer receio, acompanhado por uma banda grande, a Banda Nova. Além da faixa-título, Gabriela, Luiza, Chansong, Borzeguim e Anos Dourados (com Chico Buarque) são os destaques.
Depois do sucesso do meu Bacalhau (ehehe) decidimos repetir a dose, mas com pratos de outro país. E aqui vão as fotos do jantar que a Sevilay nos fez =) Os nomes dos pratos estão escritos em Turco, com alguns caracteres diferentes, como os 'i' sem ponto =P Kısır Salad (a pasta de cor salmão) e Biber Dolması (os pimentinhos recheados)
À direita Patlıcan Köz
Sevilay a servir Sucuklu Börek =)
Rakl, uma bebida Turca que é tão forte que se deve beber intercalada com um copo de água =) Vá lá, dois copitos de Rakl e coma alcoólica pela certa...
A piada desta bebida, é que se lê da mesma forma que a malta aqui pronuncia o meu nome! Pois é, para eles eu sou a 'Ráquel', com um 'e' bem fechadinho!! =P
Sucuklu Börek no forno =')
A Estrangeirada toda! Philipp (Alemanha), a Tuga =D, Sanja (Eslovénia), Tine (Dinamarca), Dorottya (Hungria), Cigdem (Turquia) e Sevilay (Turquia).
Joana Carneiro nomeada Directora Musical da Orquestra Sinfónica de Berkeley:
Filha de Roberto Carneiro, de 33 anos, não esconde emoção e alegria pela primeira nomeação como maestrina de uma prestigiada orquestra norte-americana Joana Carneiro recebeu a notícia há duas semanas, mas só hoje foi anunciada a sua nomeação para Directora Musical da Orquestra Sinfónica de Berkeley. “Tem sido uma felicidade guardada, partilhada apenas com a minha família. Por isso, é um grande alívio poder hoje partilhar esta alegria”, disse a maestrina portuguesa à CARAS, acrescentando: “É um momento muito importante na minha carreira, porque é a primeira nomeação como maestrina de uma orquestra. Para mim é uma emoção muito grande porque vou poder ter voz numa projecção artística a longo prazo”. A filha de Roberto Carneiro explicou ainda que, por enquanto, vai continuar a viver em Lisboa com o marido, Simão Fezas Vital, uma vez que só lhe é exigido passar oito semanas em Berkeley. Joana Carneiro vai assumir o cargo em Setembro, substituindo o maestro norte-americano Kent Nagano, no cargo desde 1978, dirigindo mais de 50 instrumentistas.
PERCURSO PROFISSIONAL Nascida em Lisboa, Joana Carneiro começou a estudar viola de arco antes de receber o seu diploma de direcção de Orquestra da Academia Nacional Superior de Orquestra. Mais tarde recebeu um 'master' em direcção da Northwestern University, como aluna de Victor Yampolsky e Mallory Thompson, tendo concluído um doutoramento na Universidade de Michigan, onde trabalhou com Kenneth Kieser. Em 2004, tornou-se maestrina assistente na Orquestra Filarmónica de Los Angeles e foi distinguida pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, com a Comenda da Ordem do Infante Dom Henrique. Em 2006, passou a ser maestrina convidada da Orquestra Gulbenkian e em 2008 dirigiu a Ópera de Chicago.
Fãs da renomada Filarmónica de Berlim podem a partir de agora assistir às performances da orquestra ao vivo na internet. Nesta terça-feira (06/01) será realizado o primeiro concerto transmitido ao vivo pela web desde Berlim.
O preço cobrado pelo acesso à exibição ao vivo ou pelo direito de assistir à orquestra quando quiser durante as 48 horas que sucederem a apresentação real é 9,90 euros. Um ingresso online para toda a temporada de concertos custa 149 euros. Os bilhetes podem ser adquiridos no site http://dch.berliner-philharmoniker.de/.
Respondam a este questionário e vejam se são tripeiros de gema ou não! Eu cá acertei em todinhas! Oh p'ó meu resultado:
Tripeiro nato Você é um homem/mulher do Norte! Não há nada que lhe escape: que ninguém pense em abordá-lo com falinhas mansas sem um cimbalino e uma francesinha na mão! Para si, tudo o que não esteja num raio de cinco quilómetros a volta da Torre dos Clérigos é paisagem. Aprovado com distinção neste teste de Portualidade já pode ir contando com um convite para ser o rei/rainha da noite de S. João.
Ah pois é... Ponham-se mas'é finos e lambareiros... xD
Para quem viu hoje na RTP o concerto de Ano Novo no Musikverein com a Filarmónica de Viena e ficou entusiasmado, aqui vão algumas informações sobre a compra de bilhetes:
Se quiserem comprar um bilhete para o concerto de 2010 têm que enviar o vosso pedido para a Filarmónica no dia 2 de Janeiro (Impreterivelmente!!!). Só têm 24h para fazerem lá chegar os vossos pedidos. Pode ser por carta, fax, telefone ou até lá podem ir pessoalmente. Por isso preparem-se porque o prazo inicia… e termina amanhã!!!